População enfrenta desafios com o aplicativo de marcação de consultas em Feira de Santana; Secretário de Saúde explica situação

Em Feira de Santana, a marcação de consultas e exames por meio do aplicativo “Feira Conectada” tem gerado reclamações de usuários, especialmente daqueles em situação de vulnerabilidade. O sistema, idealizado para facilitar o processo, revelou dificuldades significativas para uma parcela da população que não possui acesso à internet, celulares ou habilidades tecnológicas suficientes. Essas barreiras têm impedido muitas pessoas de realizarem os agendamentos necessários, agravando a situação para quem já enfrenta limitações econômicas e sociais.

Casos frequentes ilustram a dura realidade: moradores que vivem em extrema pobreza e sequer possuem aparelhos celulares relatam que não encontram apoio suficiente nos postos de saúde. “As pessoas estão perdidas. A maioria nem sabe como funciona esse aplicativo, e os funcionários nem sempre estão disponíveis para ajudar,” comentou uma usuária que preferiu não se identificar.

Rodrigo Matos, Secretário Municipal de Saúde de Feira de Santana, reconheceu os problemas enfrentados por essas pessoas e afirmou que a gestão está empenhada em encontrar soluções. Segundo ele, foi identificada a necessidade de adaptar ou substituir a plataforma para torná-la mais inclusiva. “Estamos finalizando um estudo para decidir se aprimoramos o Feira Conectada ou adotamos outra ferramenta. O importante é garantir que ninguém fique de fora por falta de acesso à tecnologia,” disse Matos.

Ao ser questionado sobre a atuação dos postos de saúde em atender essa população, Matos destacou que, em breve, a estratégia será reformulada. Ele garantiu que as unidades básicas de saúde terão um papel fundamental no suporte ao público. “No início de abril, anunciaremos como será o novo modelo de marcação. Não vamos deixar ninguém sem atendimento por conta de dificuldades tecnológicas,” afirmou.

Os desafios, no entanto, não param por aí. Rodrigo Matos enfatizou que a gestão assumiu a Secretaria há menos de três meses e que está comprometida em entregar soluções planejadas e eficazes. Enquanto isso, a população espera ansiosa por respostas e, principalmente, por ações que garantam acessibilidade e inclusão no sistema de saúde pública.

Com informações do Programa Subaé Noticias/ Denivaldo Costa